No outro dia uma amiga minha confessou-me enfim que lhe fazia muita confusão as minhas opções em relação a esta gravidez. Que nem conseguia falar-me muito bem sobre isso, principalmente depois de ter sido mãe. Ficou-me uma frase, que a nossa grande tarefa como mães é proteger os nossos filhotes e tomar as decisões mais seguras para eles.
Concordo plenamente com ela. Sem tirar nem pôr!!Notícia do Correio da Manhã de 29 de Outubro de 2008
Portalegre: Criança morre 35 dias depois de nascer com lesões irreversíveis
Negligência no parto
'Foi um bocado de nós que foi arrancado. Não temos a menor dúvida de que foi a actuação do médico que provocou a morte da nossa filha Nicole', disse ao CM Joaquim Pinheiro, pai da recém-nascida que veio a falecer em resultado de uma encefalopatia hipóxica de grau 3, provocada pela asfixia durante as dez horas de trabalho de parto. Durante cerca de metade desse tempo, a criança terá sufocado várias vezes, chegando mesmo a ter paragens cardíacas.
'Ele nunca quis avançar para a cesariana. Não percebemos porquê, se havia complicações. Depois forçou a dilatação e arrancou a minha filha com fórceps e ventosas', relata Maria Aparecida, mãe de Nicole.
A menina ainda resistiu durante 34 dias, antes de falecer a 14 de Outubro. Depois das complicações iniciais, foi transferida para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, onde foi descoberto que, além das lesões cerebrais, a criança estava tetraplégica. O casal, que reside em Portalegre, não se conforma e deu início a uma campanha que reclama 'justiça para a Nicole e o apuramento de responsabilidades'.
Contactado pelo CM, o Hospital de Portalegre diz que o clínico foi de imediato suspenso 'devido a uma suspeita de negligência', à qual se junta agora um processo de averiguações e uma perícia médica que ainda decorre. O episódio trágico foi comunicado também ao Ministério Público e ao Ministério da Saúde, bem como à Inspecção-Geral de Saúde. O clínico espanhol sobre quem recaem as suspeitas, Luis Garcia Paradells, está incontactável.